domingo, 20 de setembro de 2009

COMO PODEMOS EXERCER NOSSA CIDADANIA?

E aí? Como cada um de nós pode SER UM CIDADÃO no seu dia-a-dia?

A CIDADANIA NO DIA-A-DIA


(Trechos extraídos o artigo de Jorge Maranhão -  é publicitário, escritor e diretor do Instituto de Cultura de Cidadania A Voz do Cidadão)
É coisa corriqueira vermos na mídia a divulgação de exemplos de cidadania. Aliás, a banalização das palavras ‘exemplo’ e ‘cidadania’ causam confusão no imaginário popular sobre seus reais significados que, apesar de sua ampla difusão, não são explicados com os critérios que deveriam, tendo em vista a importância indispensável de seu entendimento para a população. E aqui vale o esclarecimento de nossos critérios do que seja a exemplaridade da cidadania. Muita gente boa confunde cidadania com caridade e solidariedade, ingredientes muito importantes no plano da vida moral, e mesmo emocional, de um cidadão filantropo, sobretudo aqueles que “fazem o bem sem olhar a quem”.


Mas, no plano da cidadania social, civil e política, não basta fazer o bem e se abster de abordar o outro para que o faça também. Para que alcancemos uma plena cidadania é fundamental a exemplaridade, ingrediente que pode fazer toda uma diferença transformadora nos padrões de conduta social de um país. (...). Ou seja, cidadania é uma atitude essencialmente pública, para que outros dela se sirvam, aprendam, se motivem e, até mesmo, se constranjam a fazer o mesmo. Cidadania não pode se limitar a uma boa conduta individual, uma vez que é, sobretudo, uma atitude de participação e protagonismo social.

(...)É preciso prestar atenção no esforço de cidadania voluntária de quem já paga imposto explícito ou embutido nos preços, para obter o mínimo de direitos e garantias fundamentais que deveriam ser obrigação de todos os governos. Mas, ao invés de ficar lamentando e dizendo que o Brasil não tem jeito, algumas pessoas resolvem ir à luta para mostrar aos demais cidadãos exatamente o contrário: o poder de transformação social se origina na cidadania e é em nome dela que devemos atuar.
(...)
Quanto mais consciência de direitos civis coletivos temos, mais devemos tomar conta, não apenas de nossas vidas e propriedades privadas, como sobretudo, dos bens coletivos – como uma simples calçada ou rua pública. (...)



domingo, 13 de setembro de 2009

UM EXEMPLO DE CIDADÃO

Em 1993, um cidadão brasileiro mobilizou todo o País com uma idéia muito simples para atacar um problema muito sério. O cidadão? Herbert de Souza. O problema? A fome de milhões de brasileiros. A idéia? Solidariedade. Numa campanha que atingiu o Brasil inteiro, que se espalhou por milhares de comitês estaduais, e germinou como semente boa jogada em terra fértil, Betinho consagrou-se cidadão ao despertar cidadãos.



Para que sua luta tivesse êxito seria necessário o apoio efetivo da sociedade civil e do Estado. Infelizmente, a fome ainda está viva.


Betinho, contudo, não se intimidou com o tamanho do problema. Olhou à sua volta e fez o País inteiro redescobrir o quanto é importante olhar além do próprio umbigo. Foi às ruas, à imprensa, ao governo. Falou com políticos, empresários e com o povo.


O número, em torno de 32 milhões de pessoas, difícil até de imaginar quanta gente isso representa, saiu de um estudo feito pela Comissão Econômica para a América Latina, Cepal, produzido em 1986, para quantificar os miseráveis de cada um dos países estudados.

O ANALFABETO POLÍTICO




Um texto famoso do poeta e dramaturgo alemão Bertolt Brecht faz a gente pensar na importância da participação política...


"O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem de decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e o lacaio das empresas nacionais e multinacionais."
(Bertolt Brecht)

sábado, 5 de setembro de 2009

Pensando a Ética na Escola

Se analisarmos este último parágrafo do texto sobre a ética, como poderíamos aplicar o respeito a regras gerais da sociedade na escola? A vida social ficaria inviável se as pessoas não respeitassem a regra "não matar". Então, que regras seriam imprescindíveis serem seguidas para que haja uma boa convivência na escola? Vamos pensar nisso? Faça seu comentário. Qual sua opinião?

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A ÉTICA

ÉTICA
  Discutir sobre a ética hoje é um tema muito atual. Em sala de aula trabalhei com os alunos o conceito de ética utilizando trechos de entrevista contida no livro Ética e Cidadania, de Carla Rodrigues, onde entrevista o saudoso Herbert de Souza, um exemplo de cidadão de nossa sociedade carioca. Aqui transcrevo alguns conceitos citados por ele.
  "Ética é um conjunto de princípios e valores que guiam e orientam as relações humanas. Esses princípios devem ter características universais, precisam ser válidos para todas as pessoas e para sempre. Acho que essa é a definição mais simples: um conjunto de valores, de princípios universais, que regem as relações das pessoas. O primeiro código de ética de que se tem notícia, principalmente para quem possui formação católica, cristã, são os dez mandamentos. Regras como 'não matarás', ' não desejarás a mulher do próximo', ' não roubarás' são apresentadas como propostas fundamentais da civilização ocidental e cristã. (...)
  A ética é muito mais ampla, geral, universal do que a moral. A ética tem a ver com princípios mais abrangentes, enquanto a moral se refere mais a determinados campos da conduta humana. Quando a ética desce de sua generaliade, de sua universalidade, fala-se de uma moral (...) Acho que podemos dizer que a ética dura mais tempo, e que a moral e os costumes prendem-se mais a determinados períodos. Mas uma nasce da outra. É como se a ética fosse algo maior e a moral fosse algo mais limitado, restrito, circunscrito. (...)
  O que legitima a ética é sua racionalidade. E, mais do que isso, a força e a transparência de determinados princípios que parecem evidentes em si mesmos. Por exemplo, não matar. 'Não matar' é um princípio que deve ser universal, deve fazer parte do senso comum. Se fosse permitido matar, o canibalismo, a guerra, o genocídio também estariam autorizados e o caos se estabeleceria. Então a sociedade ficaria inviável, porque não há possibilidade de convivência sem o respeito a certos princípios."
Trabalho realizado em sala de aula por meus alunos da Escola Municipal Cientista Mário Kroeff. (setembro/09)